terça-feira, 16 de agosto de 2011

EMOÇÕES por quem sentiu

Porque o que é massa, precisa ser compartilhado...

Relato de Eugênia Rafael, personagem principal do Bike ESCOLA Anjo.


Dizem que a primeira pedalada ninguém esquece J

09 de agosto de 2011

Confesso que comecei a me interessar por bicicletas por um motivo especial: achar “lindo” aqueles grupos de ciclistas organizados com capacetes, luvas e luzes sinalizando suas bicicletas andando pelas ruas do centro urbano de Recife... alguns com carro da polícia outros com carro de apoio escoltando, e até mesmo aqueles que estavam sós com seus grupos, mas todos me passavam a impressão de ter um objetivo maior em comum, “a busca pela melhor qualidade de vida”, além de diversão, amizades, entre outras coisas.
Logo depois de surgir esse interesse, comecei a observar outros momentos do ciclismo que, em momentos sufocantes no trânsito ou mesmo quando estava simplesmente dirigindo, percebi como os ciclistas pedalavam “alheios” nas ruas de nossa cidade (Recife)... eles me pareciam tão concentrados em suas jornadas, donos da escolha de seus trajetos e possuidores de uma liberdade peculiar em suas tentativas de ocupar (ou até mesmo em defender) seus espaços entre as ruas e as avenidas, além da responsabilidade ambiental. Foi, então, que comecei a vislumbrar o quão libertos poderiam ser os ciclistas! Mesmo que num trajeto, muitas vezes perigoso, pareciam não estarem tão preocupados com a pressão do trânsito sempre driblando os congestionamentos e com suas experiências buscavam os atalhos que os mantinham distantes daquele escaldante tilintar das buzinas e dos impedimentos do trânsito... Será interessante como meio de transporte também?! Ainda não sei... mas, o que me veio mais forte foi a descoberta de que eu (pasmem!), aos meus loiros 35 anos, NUNCA TINHA ANDADO DE BICICLETA EM MINHA VIDA!!! Kkkkkkkkkkkk

Hilário não? Gente, descobrir isso pra mim foi meio chocante... me reportou a memórias de minha infância. Lembro que quando criança, sou a mais nova de três irmãos, na época do Natal íamos eu e meus irmãos escolher nossos presentes, e quando pedíamos uma bicicleta começava a guerra: meu pai queria dar, mas minha mãe nunca deixava pois alegava que morávamos em uma avenida principal (Avenida Recife, no bairro do Ipsep), e que seria perigoso, etc., coisa e tal... blá blá blá e blá! E com esse argumento, eu nunca consegui ganhar uma bicicleta!

Deixemos as lembranças pra lá e vamos ao assunto: APRENDER A ANDAR DE BICICLETA SE TORNOU UM DESAFIO PRA MIM!!!
Comecei a pesquisar experiência de adultos que aprenderam a andar de bicicleta... mas, falo em aprender mesmo e não em adquirir experiência ou coisa desse tipo. Acabei não encontrando nada interessante, então comecei a pesquisar os grupos de passeios ciclísticos em Recife e entrei em contato com eles para conseguir um professor pra mim. Depois de muito pesquisar, descobri o APS (Amigos Para Sempre) cuja responsável [A PEDIDOS, ROBERTA NÃO É A RESPONSÁVEL PELO APS, DEPOIS A PRÓPRIA EXPLICA, NÉ ROBERTINHA?!] (Roberta) me informou que conhecia um grupo (Bike Anjo) que ensinava ciclistas a pedalar nos centros urbanos como meio de transporte, mas desconhecia se este grupo ensinava adultos a andar de bicicleta... mesmo surpresa com a novidade, Roberta se prontificou a falar com um deles (Enio) para ver se dava pra rolar esse desafio!

Lembro na época que Enio topou de cara... e, ainda, falou com outro bike anjo – Lúcio, pra me ajudarem nesta nova empreitada. Começamos, eu e Enio, a nos falar por telefone e a combinar a tão famosa aula... pois, o desafio agora não era somente meu, o desafio se tornou também deles por se tratar de uma inovação: ENSINAR UM ADULTO A PEDALAR!!! Kkkkkkkk


Chegamos a um acordo: Eles me ensinariam a andar de bicicleta! Com isso, resolvi que primeiro deveria comprar uma bicicleta e os acessórios de segurança necessários para podermos a marcar nossas aulas. Entre idas e vindas de minha compra (foi pela Internet e não deu certo!), finalmente a bendita companheira (bicicleta) chegou e comprei também luvas, capacete e transbike. Marcamos a primeira aula que seria no dia 08 de agosto e, só pra sacanear choveu... teve uma hora que eu pensei que ia morrer de tanta ansiedade pra estreá-la! Mas, ficou marcado para o outro dia caso não chuvesse... enfim, chegou o dia!!!! Ebaaaaaaaaaaaaaaa.... dia 09 de agosto não choveu! E agora? Lascou... Os meninos estavam me esperando mesmo e eu não tinha mais pra onde correr! Estava tudo pronto... bike comprada, munida de equipamentos ultra modernos de segurança, mas MORRENDO DE MEDO DE ANDAR DE BICICLETA! Pior, morrendo de medo de cair da bicicleta... minha gente, onde eu fui me meter??? Socorroooooo....

E lá fui com minha máscara da coragem encontrar meus professores. Combinamos de nos encontrarmos na frente da Câmara de Vereadores e irmos ao Parque Treze de Maio. Após nos cumprimentarmos rapidamente no meio do trânsito, eu dentro do meu carro e eles em suas bicicletas, a primeira coisa que Enio me diz categoricamente foi: “Esse seu carro está com os dias contados!!!” Ui, me deu um friozinho na barriga – que responsa. Chegamos por volta das 18h30... e, finalmente, iríamos começar as aulas!
Coloquei meu capacete e as luvas, ajustamos a altura da sela de minha bike (diga-se de passagem: ELA É LINDA!), os rapazes começaram a me dar as primeiras instruções... e lá fui eu dar as minhas primeiras pedaladas (com Enio segurando a sela, claro!) kkkkkkkkk... Cambaleando aqui, saindo da reta acolá, faltava estabilidade, mas estava eu começando bem do comecinho a andar de bike. Gente, vocês não têm noção, mas a experiência é única: um misto de medo e excitação com um pequeno sabor de conquista quando minutos depois Enio me comunicou que eu já estava andando sem ele segurar a sela... Nossa, eu consegui!!! Nem eu tava acreditando... E lá vem mais, Enio e Lúcio me ensinando a frear a bike... e lá vem Lúcio agora me fazendo “fazer curvas”... e com o jargão técnico dele “não pode parar, não pode parar” de pedalar!!! Aí confesso que já era muita informação e foi difícil, mas eu chego lá! kkkkkkkkkkkkkkkkk


Ficamos até perto das 22h... eu extasiada com tudo aquilo, os meninos deveriam estar exausto mas, todos ali firmes e fortes saboreando essa tão peculiar conquista!!! Agora, todos ansiosos pelo novo momento...

Tenho consciência de que ainda falta muuuuuuuuuuito para eu ser uma “biker”, mas com a vontade que eu estou em aprender e com a santa paciência e ajuda dos meus novos amigos “bike anjos” reunidos a treinos, treinos e mais treinos chegarei lá... e quem sabe a profecia de Enio não se concretiza e meu carro estará com seus dias contados!!!

No mais, me despeço de vocês agradecendo a colaboração de Roberta (APS) e a paciência de Enio e Lúcio... e, se Deus quiser, daqui a alguns dias estarei postando aqui pra vocês sobre a minha primeira (dentre várias) experiência em participar de passeio ciclístico!!!



Boa sorte e que Deus acompanhe a todos!

Eugênia Rafael



 Fé em Deus e força no pedal!

2 comentários:

  1. Eugênia, parabéns a você e aos meninos. Seu texto é ótimo e você transmite muito bem sua emoção. Sei o que significa essa liberdade a que você se refere. A diferença entre estar num carro e numa bike (bici, como diz Enio) é muito grande. É realmente a sensação e o prazer da liberdade. Vá em frente. BJ.

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  2. Oh, gente, tô comentando de novo só pra explicar... não sou responsável pelo APS - Amigos para Sempre, mas pelo blog do APS. Pedalo no grupo, que é coordenado por Gil e Márcia, há sete anos.
    Explicado, Enio. Beijin.

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