quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Teste: Bicicleta e Carro

Um pequeno trajeto, uma grande diferença!



Clique no mapa para ampliar.

Na última terça-feira, fui para faculdade de CARRO com minha irmã. Exatamente às 18:26 paramos num rotineiro congestionamento na Av. Agamenom Magalhães logo após o viaduto sobre a Av. João de Barros. Levamos 32 minutos para chegar na Faculdade Maurício de Nassau. Não tava nem com intenção de marcar tempo, viajava muito mais no som que tocava no carro (Dream Theater, álbum Octavarium). Mas ter escultado duas músicas (uma de 24min e outra de 8min25s, que escultei uns 6min +/-) me deixou com uma dúvida cruel.

Quanto tempo eu levaria para chegar à faculdade de bicicleta usando a Av. Agamenom Magalhães, a partir do trecho engarrafado?!?

Na quarta-feira, lá tá eu tirando a dúvida com Maria. =) Sempre que vou de bici pra aula, uso rotas alternativas para evitar os carros, mas dessa vez fiz diferente. Passei como uma bala (haha, só se for de canhão.. [vide o tamanho da criança]) pelas centenas de carro que andavam em 1ª marcha (quando andavam). Enfim, assim que entrei na Av. Agamenom Magalhães, dei uma olhada no relógio que marcava 18:05. Acho que o trânsito tava até pior que no dia anterior. Lá vai o gordo, passando, causando inveja nos "playboys malhados" com som alto dentro do carro parado. Parei ainda em dois semáforos e quando a coisa apertou muito, desci da bici e andei pela calçada. Cheguei na faculdade às 18:11.

Diferença de 26min entre Bicicleta e Carro. Um pouco demais né?!

RESULTADO:
  • CARRO: 2,49km em 32min
  • BICICLETA: 1,77km em 6min

Uma possível pergunta, que já deixo a resposta:

PAiPA, o carro deu mais tempo porque o trajeto é maior. Isso é LÓGICO!!! Por quê tu não foi pelo mesmo caminho da Bicicleta?!
R.: Quem anda por essa região do Recife sabe que a R. Joaquim Nabuco é um inferno para os carros que vem da Av. Agamenon Magalhães (nos dois sentidos) e da Av. Cde. da Boa Vista. Logo, ir pela Av. Cons. Rosa e Silva é mais "livre". Se ainda tá na dúvida, faz o teste. Um dia pela Av. Cons. Rosa e Silva e outro dia pela R. Joaquim Nabuco.


É isso galera, apenas um teste, que mostra o quanto nos perdemos de tempo nos congestionamentos nas grandes metrópoles. Ainda há a questão de gastos financeiro, que é coisa para outro post. Nesse eu fico por aqui!

Ahhhhh... Sem esquecer que SEXTA-FEIRA, PRAÇA DO DERBY, às 18hrs tem BICICLETADA RECIFE!!! Mais infos AQUI.




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MONSTRO na bike

Seguindo os passos (ou as rodas) dos tios...




Hoje (18) MONSTRO usou pela primeira vez a bici como meio de transporte. Putz.. Todo mundo tá perguntando "MONSTRO quem é?!" então, explico: MONSTRO é meu sobrinho Lucas de 7 anos de idade. O motivo da ida de bike para escola hoje é uma gincana (jogos internos) que ia ter uma brincadeira com quem tivesse levado a bicicleta para a escola. Mas já sabe, é meu sobrinho e eu não ia deixar ele fora dessa com uma condição, ele IR E VOLTAR PEDALANDO. Maldade? Naaada. Seria (e foi) uma diversão pra ele (mais ainda pra mim).

Por volta das 6:00 acordei, dei uma lubrificada geral na bici dele, enchi os pneus e apertei o guidom que tava parecendo um balanço. Os freios não tive o que fazer, pois tão faltando algumas sapatas. Logo o freio! Mas para isso que servem os sapatos surrados da escola. Partimos rumo à escola. Ele tava com muito medo, principalmente de passar nas esquinas. Sempre guiando e conversando com ele, conseguimos chegar no destino em uns 15min. Nossa, entrar na escola de bici deve ter sido o MÁXIMO pra ele (pena que tinha esquecido a câmera!). A cara de felicidade era impagável. Os "tios" vendo e dando os parabéns deixaram MONSTRO ainda mais encabulado. E eu?! Hahaha... Fiquei mais feliz do que ele. Me lembrei do 1º dia que fui à faculdade de bici. Só quem faz, sabe a sensação de bem estar que é.

Na volta, aí sim! Lembrei da câmera. Na saída da escola havia muitos carros pra lá e pra cá que exigiram doses altíssimas de paciência e cautela. Mas os motoristas foram bem legais e nos deixaram passar sem muitos problemas. Passado o "caos", só alegria nas ruas sem movimentos do Bairro do Janga. Fotos, fotos, vídeo e mais fotos! A cara de felicidade está estampada nas imagens. Veja abaixo.



MONSTRO pedalou cerca de 3.500m hoje. Muita coisa para uma criança de 7 anos. Teve muita risada, muita conversa, um capote "bonito" e até chororô pela queda! Mas não chegou reclamando, pelo contrário, quer ir amanhã denovo. Sempre que eu puder, vou fazer isso. Fez muito bem pra mim! O irmão dele, "Junnin" (Gabriel), tá na maior bronca porque a bici dele está quebrada e não pode ir para escola pedalando. Junnin tem 6 anos! =))) Ô felicidade!!!

É isso, na brincadeira é que deve começar a ser introduzido na cultura das nossas crianças que a bicicleta é um lazer muito legal, mas que pode ser utilizada para ir à escola como se fosse uma brincadeira. É a semente plantada em casa. Plante também! E para não deixar de fazer comparações, chegamos antes da condução escolar que trouxe Junnin. Hahahaha... Vá de bike!!!



sábado, 16 de outubro de 2010

Até Gravatá (e voltar!)

Mais uma cicloviagem no "currículo"!!!



No dia 10-10-10, o propósito inicial era pedalar até Caruaru, cerca de 150km da partida (Janga Beach). Mas os 12 dias sem pedalar antes da viagem já tinham dado sinais no dia anterior da viagem quando fiz um pedal pelo centro do Recife (vide post anterior AQUI) e na primeira subida (quase infinita) da BR-232 ainda em Jaboatão dos Guararapes, decidi que a parada em Gravatá não seria só para almoçar e descansar um pouco, e sim de passar o resto do dia (e do fim de semana) lá!

Pois bem, dessa vez saí de casa umas 6:00 e estava bem relax. Sem muita correria e sem aquela expectativa da 1ª viagem, segui em direção a BR-101 pela Av. Caxangá sem quase nenhum moimento. Antes, ainda pude conversar com meu amigo Robinson que já voltava do seu pedal (café da manhã) e outros ciclistas na beira mar de Olinda.

Quando cheguei na BR-101 havia um passeio ciclístico que não sei de e para onde iam, mas me pareceu um passeio bem descontraído, pois observei que as bicis não era nada daquilo que se encontra nos passeios semanais recifenses. Nada de bikes caras, de roupas coladinhas e "andadores de bicicleta" que só pedalam na terça à noite. Era um passeio genuinamente de CICLISTAS que utilizam a bicicleta como o meio de transporte.

Após começar o pedal na BR-232 e subir a primeira ladeira, confesso que a vontade foi de girar Maria em 180° e voltar pra casa. Só havia pedalado 28km e já estava exausto e achando a trip um saco! Até agora não descobrir o que tava me incomodando. Mas resolvi seguir e após míseros 30s (eu acho!) eu já estava em outra subida interminável. Quem pedala na 232 sabe o que tou falando. São duas subidas que te fazem pensar: "Depois dessas duas, eu vou até o fim!". Maria tava pesada, pois LOTEI os alforjes com roupas que até hoje (16) eu ainda não usei. Na primeira cicloviagem (ler AQUI) aprendi a não ficar com pouca água. Nessa (primeira carregando bagagem) aprendi a só levar o necessário MESMO!

Quando havia pedalado só 38km, parei em um posto de combustível, pensei umas 10x em pegar o retorno e voltar pra casa. Até tentei mandar um tweet pelo cel, mas nem isso quis ajudar e a mensagem não foi enviada com sucesso. Parecia que tudo tava contra o pedal. Passei uns 20min nesse posto até que parou um carro e uma senhora, super empolgada, perguntou: "Tá indo pra onde meu filho?!". Seria altamente frustrante para ela (mais ainda pra mim) dizer que estava voltando para casa pois não tava mais querendo viajar. Isso é o melhor de viajar de bici, que quando uma pessoa chega para falar com você com aquele brilho nos olhos, você busca força/vontade para continuar. É punk demais! Então respondi para a senhora: "Eu vou até Gravatá!". Ela desejou boa sorte, pegou um picolé de cajá igual ao que eu chupava embarcou no carro e sumiu. Assim que acabei o picolé, montei em Maria e fui pra estrada.

A trip continuou naquele sobe e desce até Bonança. Lá é bem plano, melhor lugar para se manter um ritmo constante (o meu de 25km/h). Fiz uma paradinha ligeira só para tomar água de coco e conversar um pouco com a tia da barraca. A solidão de viajar só é ruim (controlável, mas ruim!). Até quando passava alguns ciclistas, que usam a BR para treinar, e davam um "ALÔ!" era massa! Depois de Bonança, Vitória e Pombos foram bem tranquilos. Em Vitória, andei 1km empurrando Maria, pois um holandês (que confesso não ter entendido o nome dele) estava com um pneu furado e caminhava ao encontro do carro que dava apoio. Carro de apoio à vista, subi na bike e fui embora. Em Pombos se inicia a subida da Serra das Russas. Então parei denovo para comer e descansar um monte.

Regado a abacaxi e banana, o lanche próximo às 11hrs foi gostoso que só! Ainda tinha um coroa, figurassa, dono da barraca que era mais grosso que cano de passar merda. Hehehe... Me conti para não rir dele falando, pois o mesmo estava com uma peixeira de 12" na mão e eu que não tava querendo saber se ela estava afiada para meu bucho.. Quando tinha acabado de comer, o holandês passou lá pela barraca, já com sua bici no grau! Enchi tudo que era possível de água e comecei a subir a Serra.

A Serra das Russas é muito phoda! Da outra vez subi apenas 5km pedalando. Dessa, objetivei que subiria seus 8km pedalando. Consegui!! Tá, verdade que parei umas 5x, mas fiz ela toda pedalando! Os 82km já pedalados e o sol do meio dia dificultam muito. A felicidade era imensa de poder parar denovo naquele viaduto contemplar aquela paisagem e o vento que corre lá, pois na Serra, o vento passa por cima, devido aos paredões de rocha dos dois lados da estrada. Cria um forno. Já no túnel um alívio, pois é a 1ª sombra pós-barraca do abacaxi. É animal passar naquele túnel fora de um automóvel. O barulho é ensurdecedor, a visibilidade é reduzida (apesar da boa iluminação do túnel) e a poluição é concentrada. Não há dutos de circulação de ar dentro do túnel (se houver são minúsculos e eu não vi). Mas é legal, é diferente e é sombra! Só seria melhor se fosse descida! Hehehe!!!

Mais 6km de pedal e estava tomando uma gela que não desceu redonda. Paguei e pedalei uns 800m até a casa que fico lá em Gravatá. Estrada irregular, de barro, muita pedra, descida íngrime, bici pesada, corpo cansado. Tudo para dá em queda. Mas, graças a Deus, cheguei intacto e Maria também.

No dia 11-out, um pedal pelo centro de Gravatá bem relax, de chinelo, camisa de manga curta, bermudão. Um passeio legal e divertido, quando se observa o cotidiano de uma cidade do interior (olhe que Gravatá já tá moderna). Ainda finalizei o percurso com uns 8km numa estrada de barro. Massa!

No dia 12, 6:15, saí de casa. Empurrei Maria até quase na estrada. 1º a subida é muito íngrime e irregular. 2º Lucas, o sobrinho/mascote da casa, fez o favor de ficar mudando a marcha com a bici parada, desregulando tudo. A corrente "sambava" nas catracas. Minha raiva subia pra cabeça! "Regulei" e peguei a estrada. A saída de Gravatá é uma subida de mais ou menos 1,3km. Quando mudei a coroa, a corrente voltou a sambar (ainda mais) na catraca. Aí já tinha dado vontade de voltar para casa e dá um cascudo no menino e voltar de busão com Maria desmontada. REGULEI denovo (dessa vez ficou bom até hoje!). Reflexão: "Preciso aprender MAIS a regular câmbio de bicicleta".

De tantos perrengues no início da volta pra casa, rodei 5km em UMA hora. Mas um outro sonho tava prestes a ser realizado. DESCER A SERRA DAS RUSSAS DE BICICLETA! 7km de descida em 10min com direito a parar, bater fotos do viaduto indo até o meio da pista (que mãe não leia isso!) foi PUNK!!! DUCA!¨*#$@&*!!! ANIMAL!!! O velocímetro marcava 46,2km/h aí dei uma de TOUR De FRANCE me encolhendo na bici (que piada, eu me encolhendo!) e a velô começou a subir consideravelmente. Aos 54km/h uma curva fechadona, aí criei aquele efeito paraquedas me levantando na bici. Freio melhor não há. O vento contra e os alforjes também ajudaram muito. Tanto que só utilezei os freios para parar na hora de bater fotos. Eu pretendia filmar a descida, mas tava com medo. Foi muito tranquila a descida pois não tinha quase nenhum tráfego, mas, sei lá, acho que só rola filmagem num apoio e com as duas mãos no guidão!

O resto da viagem de volta foi muito rápida, apesar do vento contra. O relevo com mais descidas ajuda muito. Mas em Moreno, já chegando me bateu novamente o desânimo (acho que o problema era essa região!). Faltou não chegar em Recife. Só parei em Bonança e já em Recife, na Av. Abdias de Carvalho, próximo à FIR. Aproveitei para ver o SPORT CLUB DO RECIFE. Rolava uma competição de natação lá. O povo naquelas piscinas e eu no sol quente às 11hrs. =( Resolvi voltar pela Católica, 13 de Maio, Av. Cruz Cabugá. O Parque 13 de Maio já tava lotado à espera do show do Palhaço Chocolate. Dia das crianças! Pirralha pra cacete no meio da avenida, ruim até de passar de bici. Na beira mar de Olinda outro inferno de gente! Fui para Av. Getúlio Vargas levar uma fina de um busão. Para encerrar a trip, nada melhor do que um engarrafamento na Ponte do Janga. Tudo que um cicloativista gosta. Hehehe... Ainda fui batendo um papo ao lado de um carro com as 5 pessoas que estavam dentro. Às 12:15, extamente 6hrs após a saída da casa em Gravatá, eu tava abrindo o portão do meu prédio no Janga.

Do dia 10 à 12 de outubro os pedais marcados pelo meu ciclocomputador deram:
  • 11hrs, 42min e 4s
  • 207,44km
  • 17,7km/h (média)
  • 56,4km/h (máxima)
  • 3124,1kCal



Foi isso galera!!! Quero poder aproveitar esses feriadões e fazer mais trips de bike. Provavelmente dia 31-out estarei indo para o lado de João Pessoa-PB, dessa vez com meu irmão. Então vai ser a primeira viagem com companhia. =)))

Valeu pessoal... Fiquem com Deus, comentem e façam viagens DE BICICLETA!!! =))



sábado, 9 de outubro de 2010

Testando os alforjes...


Hoje fui fazer um teste na dirigibilidade da bici com alforjes. Tinha sempre na cabeça que não mudaria muito o estilo de pedalar, a não ser pelo peso estar mais concentrado na parte traseira da bici e a dianteira mais "solta". Resultado, de casa até o Marco Zero apenas confirmei o que pensava. Peguei vento de frente, lateral e empurrando por trás. O comportamento da bici continuou o mesmo. Creio que não senti muito, pois como ando sempre com minha mochila no bagageiro. Até gostei mais dos alfores, pois ficam mais baixos e deixam a bici ainda mais confortável. Maria ficou com a traseira ainda mais firme (já fica naturalmente com meu peso, hehehe!). Enfim, gostei demais, tanto que irei viajar amanhã, só não sei se vou até Caruaru ou só até Gravatá.

Os alforjes que usei são de Almir (meu irmão). É o Painner DryBag da Topeak. Confesso que não gostei muito deles. Achei difícil a fixação (precisa afrouxar parafusos) e são isolados. A proteção plástica dos apoios superiores é horrível de encaixar, então preferi deixar sem. Quando tava pedalando, fiz questão de passar numa boca de esgoto bem funda, afim de confirmar a minha falta de confiaça na fixação. Confirmei! Um dos alforges soltou. O stick segurou bem, me possibilitando arrumar sem acidente. Lógico que as condições, buraco grande e velocidade (16km/h) podem ser evitados, tanto que o resto do trajeto, subindo calçadas, passando em outros buracos menores com velocidade baixa, os alforjes se comportaram bem. Outro ponto que não gostei é que ele não tem bolsos, portanto, se quiser tirar alguma coisa que esteja no fundo, tem que tirar tudo. Mas tem coisa boa a se falar dos alforjes também. O material é leve demais, impermeável demais e fácil demais de limpar. Parede plástica evitando que, em caso de rasgo, as coisas e o próprio alforje não entre na roda também é legal. Se bem que acho difícil rasgar aquilo.

Bom, o passeio que era pra ser apenas um teste de alforjes virou um mega PP (Photo Passeio - tou inventando isso agora, hehehe!)... Meu amigo Maxwel caprichou nas fotos e nas poses, eu também tinha levado a câmera. Enfim, veja abaixo as 42 fotos que eu tirei...



Quando Max postar as "milhões" de fotos dele em algum canto, eu mando o link nos comentários (ou tu mesmo Max, pode fazer isso... já ajuda!)... Falou-se até em criar um blog, "Pedalando, parando e fotografando". Acho que é concorrência pra alguém aí (né Rogério?!). Brincadeiras a parte, esse pedal deve gerar uma das fotos do Calendário 2011 De Bike em Recife que o Pedalando & Olhando tá promovendo. Saiba mais do calendário AQUI.

Quem tiver alforjes desses que usei, favor comentar sobre a fixação. Quem não tiver, favor comentar sobre dirigibilidade com alforjes, sobre a cidade do Recife, sobre as fotos ou mandar apenas um sinal de vida! Valeu!!!